O guaxinim só soltou o gatilho da câmera quando sentiu que o momento realmente havia se esvaído. Analisou as prévias desanimado, mas satisfeito com o resultado.
— A próxima realidade sou eu quem farei.
Olhou ao redor. Buscava musas. Em alguns quilômetros, havia uma árvore. Não ousou se aproximar, na verdade ele nem mesmo moveu um só passo à frente. Sacou novamente o cano largo e pôs a musa de tronco na mira, forçando o olhar do instrumento a captar de longe o que só poderíamos ver de perto.
— Eu posando valeria mais — disse ao vento.
E ligou seu rádio para distraí-lo do caminho de volta para ao estúdio.