O réptil não tinha respeito por ninguém, nem pelo cachimbo.

— Cadê o espírito? — perguntou o cachorro.

Conteu a faísca de raiva.

— O meu esposo te traz — respondeu o dragão.

Entediado, deixou os olhos vagarem um pouco pela sala do amigo. Julgou os troféus, amou os fogos e as casacas. Até pensou em suícidio.

— Deixe disso, camarada — aconselhou o dragão, corroendo as asas. — Dê-me um cigarro.

Cuspiu o cachimbo fora e fumaram juntos. Eles ocasionalmente falaram de mulheres, mas isso fica para uma outra história.